Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente, como se o meu ser participasse de todos os homens, incompletamente de cada [?], por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço.Sê plural como o universo! Fernando Pessoa.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Eu nao disse nada sobre amor. Nem sobre eternidade.
Muito menos sobre coragem, maos dadas e seguir em frente.
Eu nao disse nada sobre saudade, sobre querer que nao tenha fim.
Eu nao disse nada sobre medo, medo de partir, de despedir ou de perder.
Eu nao disse que teria coragem de dar as maos sabendo que teria que solta-las
em algum momento que nao saberia quando, por um motivo alheio a minha vontade.
Eu nao disse nada sobre angustia, por nao saber quando, ou se, as maos estariam juntas algum dia novamente.
 Mas nao foi preciso dizer que queria tudo isso ou talvez tenha dito de uma forma ou de outra que nao queria pontos mas virgulas para respirar de vez em quando, virgulas para entender o que dizia mesmo sem dizer o que queria mesmo sem querer, virgulas para saber esperar e valorizar as maos dadas e os passos lado a lado.