Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente, como se o meu ser participasse de todos os homens, incompletamente de cada [?], por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço.Sê plural como o universo! Fernando Pessoa.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Se por acaso eu te encontrar.
Não que eu acredite em acasos.
 Mas se por acaso ele existir.
E fazer das estradas que vão para caminhos opostos
em algum ponto qualquer cruzarem-se. Se por acaso
 esse cruzar de estradas vire um nó,pedirei que jamais desate.
Pedirei que o acaso transforme-se em destino.
Não que eu acredite em destino...


quarta-feira, 27 de julho de 2011


Posso ter fotos tuas em papel para tocar-te de alguma forma. Posso fotografa-te em minha mente, guardar-te.

Para que seja meu ...

ao menos assim.

domingo, 24 de julho de 2011

 Voce sempre diz que sou doce.
Diz que minha voz  é suave.
Que meu olhar é brilhante.
Diz do meu sorriso largo.
Não sei se sou ou se tu assim me faz.
 Se sou ou se teus olhos que são doces
e adoçam tudo ao teu redor inclusive eu.

sábado, 23 de julho de 2011

Porque faz isso?Está indo pelo caminho errado.
Buscando estradas curtas e rapidas.
 Querendo o encaixe. O pedaço que falta.
Faltará tanto assim para encontrar o pedaço.
No caminho tanta banalidade.
Fogo no peito.
ArDOR.
Buscando sentir. Será que te tornas-te insensivel?
Ou talvez o que buscas sentir
 se quer exista...
E você se sente estranha, suja, errada.
 Você não cabe em si.
Está errado.
 Você .. o seu sentir... ou o caminho.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Entre o para sempre
 e o   nunca mais
Eu escolho o Talvez...
As pontas dos dedos se tocam...
se as mãos se agarrarão fortemente
ou se afastarão para não mais voltar.


O toque macio dos dedos emociona, provoca arrepio...
 E se perde a conciencia do tempo que ali mora
não se sabe se é o começo ou o fim do contato...
 o começo do fim...
quiçá  o fim do começo.
 Onde o toque dos dedos una as mãos e por fim o corpo inteiro. 

sexta-feira, 15 de julho de 2011

A distancia entre o desejo e o gesto.
A que percorro todos os dias, suando frio num pulsar acelerado.

domingo, 10 de julho de 2011

O cheiro de café invade o quarto. Custo abrir os olhos, me adaptar a claridade do ambiente. Tateio a cama buscando-te.  Levanto enrrolada nos lençóis. Caminho lentamente pelo quarto em busca das minhas roupas, não as encontro. Sigo em frente, abro a porta e caminho cegamente guiada pelo aroma que vem da cozinha. Você esta lá entretido, uma, duas, três colheres de açucar na panela de café. Doce como você.
Encostada na parede te observo em silencio, você sorri sozinho, sem porque algum, isso te faz ainda mais encantador. Cada sinal do seu rosto, a sua barba por fazer, o seu cabelo bagunçado, as covinhas, posso ver seus lábios se mexendo como se estivesse cantarolando ou simplesmente falando sozinho, como costuma fazer de vez em quando. Poderia passar horas te observando sem me cansar, a tua simples presença me faz feliz sem mais.
Algum tempo depois, você levanta os olhos e ao me ver, sorri ainda mais, com os lábios e com os olhos que brilhavam intensamente. Vem em minha direção e me abraça demoradamente,  inspira profundamente na minha nuca como se quisesse roubar todo o meu cheiro,como se tivessemos passado uma eternidade distante um do outro e pensando bem talvez fosse mesmo uma eternidade.
Não me diz uma palavra, apenas me observa enquanto afaga meus cabelos e me beija suavemente. Seu olhar me acanha pois me olha tão profundamente ao ponto de sentir que lê meus pensamentos e vê minha alma nua e indefesa.
O café estava pronto, sentamos um em frente ao outro. Nos servimos, saboreamos cada gole, nos olhamos, não conseguimos dizer nada, mas acredito que pensamos a mesma coisa, algo do genero enfim estamos juntos.
Era tudo tão feliz que não podia ser corrompido por palavras, sabemos disso, qualquer uma delas não seriam o suficiente para  representar o êxtase daquele instante o qual esperamos ansiosamente por uma e-t-e-r-n-i-d-a-d-e.
Mais café?

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Querer oculto
floresce na escuridão
Luta contra a consciência, 
a negação da razão que o condena constantemente.
A luz  nunca será acesa.

Permanecerá nublado

Querer amordaçado
Mesmo sufocado
Ainda respira...




.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Tento guardar em minha mente cada palavra que saiu da tua boca, cada sorriso impresso em tua face.
Recordações, esse  intento inútil de voltar no tempo.
A dor da saudade que vem e vai do peito constantemente.
. Se não pode ser real, que  o seja ao menos em minha mente.