Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente, como se o meu ser participasse de todos os homens, incompletamente de cada [?], por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço.Sê plural como o universo! Fernando Pessoa.

terça-feira, 22 de maio de 2012

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Alma nua

Não existem olhos fechados para nudez da alma, não há maquiagem, nem mascara que perdure para sempre. E a timidez da alma que não pode se tapar ,ruborizada, ali exposta para ser julgada, admirada e rotulada  como bela ou não.
 Que padrões definem beleza de alma? Se é que o critério é esse..
Se alma não tem cor, nem cheiro e nem sabor. Como qualifica-la, admira-la, vê-la.
Esqueça ...
Não há critério algum.

domingo, 6 de maio de 2012

Volta a mente a ideia de partir novamente. O desespero, a angustia e a insuficiencia multipla de espaço, som e pessoas. Resurge a fobia da bolha em que vivo, como se já não me coubesse, a muito tempo e de tempo em tempo eu lembro e esqueço disso. Por vezes me satisfaço com ópio, para me aliviar ansia, a dor e me trazer a face algum sorriso que costumam dizer que é bonito.
Busco constantemente desligar  meus pensamentos que correm freneticos e meu debil corpo não pode alcançar. As pesssoas me olham , elas esperam tanto de mim, alguma coisa semelhante a um futuro brilhante, potencial ... Será? Que faz continuar... A esperança alheia. Estou sem ar. Busco minhas armas, preciso rasgar a bolha ou pintala de negro para não ver o belo existente la fora, a asfixia é causada tão somente pela ansia de respirar o ar de  fora. Como será?

sexta-feira, 4 de maio de 2012

 A principio pensei que tivesse algo a ver com formulas pré moldadas e comportamentos específicos. Equivoco. Percebi que a coisa está muito além disso, notei também a imensa quantidade de variáveis existente na gênese desse sentimento chamado amor. Desisti dos planos tolos e infantis de planejar passos, atos e palavras percebi como tudo isso era vão. Entendi alguma coisa sobre tempo e sobre um tal pulsar involuntário que seria talvez umas das determinantes do tal amor. Pesquisei um pouco mais sobre tato, olfato e paladar ...Vejo com clareza o quão importante são e também  o quanto a ausência deles é igualmente fundamental para que se note o sentir já existente. Por fim cheguei numa conclusão vaga e tão repleta de duvidas como quando não tinha conclusão alguma, a incógnita e o tal amor me parece mais agora um bichinho caprichoso que só faz o que bem quer e quando quer.. Há quem tranque as portas e ele pula a janela e há quem abra os braços para ele e seja absolutamente ignorado. Bicho amor, me dê a mão?
A pior e a melhor coisa das relações humanas, sejam elas familiares ou não,esta na falta de eternidade delas. Para que vc sofra de saudade e ao mesmo tempo possa compreender o valor e a intensidade que está em cada momento. O para sempre é comodo e gera desperdício de tempo e sentimento. É exatamente a falta do pra sempre e a dúvida do quando que faz de tudo mais interessante e que posteriormente será mais valorizado que agora. Como uma espécie de juros ao mês, classificado pelo tamanho da saudade que se sente.