Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente, como se o meu ser participasse de todos os homens, incompletamente de cada [?], por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço.Sê plural como o universo! Fernando Pessoa.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

 Ao  fechar os olhos vejo nitidamente o seu rosto  frente ao meu, tal qual a ultima vez que nos encontramos.   O seu sorriso iluminando aquela noite fria e sem lua. Os seus olhos brilhantes substituindo as estrelas ausentes no céu.
 Ao fechar os olhos mais que vê-lo, posso  sentir o seu cheiro, este que é só seu, forte, marcante e  tão doce  quanto você. Esse teu odor pulsante que me rouba suspiros tantos quantos os daquela noite linda que passamos juntos.
 Ao fechar os olhos sinto as minhas mãos ainda perdida na maciez de seus cabelos  entrelaçandos entre meus dedos.
 Ao fechar os olhos sinto o sabor que roubei dos lábios teus, me recordo com tal nitidez desses  beijos que até hoje  arrancam de mim sorrisos e arrepios constantes.
 Ao fechar os olhos posso ouvir sua voz, suave como seda escorrendo para dentro dos meus ouvidos, sussurrando palavras tão belas que jamais pensei ouvir.
 Ao fechar os olhos e te encontrar por alguns instantes em meus devaneios o meu maior desejo era permanecer eternamente ali perdida nas lembranças da tua sublime presença.

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