Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente, como se o meu ser participasse de todos os homens, incompletamente de cada [?], por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço.Sê plural como o universo! Fernando Pessoa.

domingo, 18 de março de 2012

Almas afins se entrelaçam... é como se houvessem imãs, essa força pulsante e brutal que não os conduz e sim arrasta quase que a força um para o outro. Almas afins se pertencem e se encaixam, pelo tato,saliva ou brilho nos olhos. Almas afins andam uma para outra num compasso diferente do relógio, os laços brincam com os ponteiros indo e voltando, eles dançam a sua volta, deixando as almas temerosas pela solidão, pelo não funcionamento e até pela inexistência de afinidade qualquer com alma alguma perdida no universo. Há que se ter paciência, deixar que os laços brinquem em encostar em almas não afins. Temos que saber dançar, nesse compasso louco e de ritmo próprio ao redor do relógio que a olho nú não se pode ver, a dança dará a energia necessária o magnetismo para tracionar ou a força para aguentar ser arrastada na direção da alma que nos pertence que às vezes anda em caminhos distintos... em outros laços e relógios.

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