O abraço aconchegante, a respiração ventilando a nuca, o arrepio.Palpitação impossível de disfarçar pela tamanha proximidade dos corpos.O cheiro da pele impregnado, na roupa, no corpo, na alma. Aroma da minha saudade.Olhos fechados, para que nada corrompa a pureza desse abraço, que não necessita ser visto.Apenas sentido.O desejo real é que dure eternamente o entrelaçar, transforme-se em nó, para que jamais desate. Infelizmente não há tempo, os braços se separam, já é hora de ir. Seja pelo adiantar da hora ou pela ansia de fazer do abraço algo mais.Em meio a despedida paira na mente a vontade de pedir mais um, tão longo e aconchegante quanto o anterior. Mas a mesma mente se contem reforçada pela timidez e pelo medo de ultrapassar o limite imposto por ambos. Cumpra o trato deixe passar...
Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente, como se o meu ser participasse de todos os homens, incompletamente de cada [?], por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço.Sê plural como o universo! Fernando Pessoa.
terça-feira, 28 de junho de 2011
entrelaço
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eeh amiga!! isso é a nossa cara.. a cara da saudade que convivemos todos os dias... maldita saudade que insiste!! =///
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