Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente, como se o meu ser participasse de todos os homens, incompletamente de cada [?], por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço.Sê plural como o universo! Fernando Pessoa.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Plantei em solo fértil, reguei com a mais pura água. A arvore cresceu floresceu, era a mais bela de toda a primavera. A admirava com paixão por todos os dias. Mas eis que chega o outono, as flores se foram ,as folhas murcharam, perderam a cor, caíram e o vento as levou. Senti-me impotente, corri desesperadamente atrás das folhas, mas o vento as levou alto e distante demais. Perdi a esperança, meu coração se encheu de dor e saudade. Mergulhada numa tristeza profunda, abandonei minha arvore, já não fui mais ao jardim, tudo para mim era outono, seco, marrom e sem vida como aquelas folhas que partiram. 
Um dia a brisa abriu a janela, meus olhos não puderam crer, era ela, a minha arvore, florida outra vez, mais bela que em minhas lembranças. O sorriso voltou a minha face. Todo a dedicação a arvore não tinha sido em vão, era apenas uma fase, faltou-me compreensão e paciência e por isso sofri tanto. Mas ela teve a sabedoria que eu não tive,aguardou-me e por mais que sentisse minha falta não deixou de crescer e passar por todas as fases que deveria passar.

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