Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente, como se o meu ser participasse de todos os homens, incompletamente de cada [?], por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço.Sê plural como o universo! Fernando Pessoa.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O que me domina é o temor do reencontro.
 A angustia de não saber o  que cabe a nós, se houver tal pluralidade ainda, ou se houve.
 Temo o desconhecimento dos teus atos e dos meus, a diversidade de sentimentos que andarão de  mãos dadas em minha alma  para reagir  a cada ato.
 Temo amar demais bem como o avesso disso, por mim e por ti.

 Tanto tempo.. pode ser que o encaixe dos braços já não sejam os mesmos, que a sincronia dos lábios percam o compasso na dança da vida onde caminhamos até agora em estradas diferentes e casualmente nos cruzamos em esquinas. Desassossego e insonia prevêem  o encontro, que caminho em direção com escudos  dando um passo a frente e dois para trás.
 O tempo foge, flui, mesmo com a minha tentativa de girar ao contrario os ponteiros do relógio se não para parar o tempo mas para voltar a suavidade dos abraços compartidos de outrora.

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