Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente, como se o meu ser participasse de todos os homens, incompletamente de cada [?], por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço.Sê plural como o universo! Fernando Pessoa.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

 A casa que sempre visitei para rir hoje visitei para chorar.
 O riso estava lá, ao redor de velas em uma bela roupa branca.
 O riso estava de olhos fechados e adormecido. Não pude acorda-lo, só pude lamentar
o seu sono com lagrimas que lavaram minha face nessa tarde.
Cada canto daquela casa me trazia recordações, histórias que não vivi mas que ele me contou e eu pude
de mãos dadas com o riso ir até lá ver e ser um pouco dela. Ele tinha esse dom.
 Ele andava cansado, adoentado mas se a pergunta era como ele estava ele sempre dizia que estava bem.
 É como o riso deve estar. Ele sabia ser o que era da melhor maneira.
Limpei a face e sorri discretamente porque ví que mesmo ali dormindo ele ainda ria, porque ele não era... ele é o riso.. e nunca deixará de ser, mesmo agora dormindo para sempre.

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