Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente, como se o meu ser participasse de todos os homens, incompletamente de cada [?], por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço.Sê plural como o universo! Fernando Pessoa.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Andei cheia de precipitações até a tampa. Cobrindo feridas para ignora-las despreocupada com a cura. Nos caminhos ruins tropecei  e surgiram novas feridas. Mais do mesmo, a ânsia pela resolução constrói uma sequencia de erros.
Tudo é angustia, medo e imperfeição.
 Todos os atos falhos tornam-se tão evidentes depois de um tempo que é difícil crer que algo assim tenha sido feito pelas próprias mãos.
 O tempo todo dispensado, outrora tido até como investimento, parece-me vão, todos os minutos somados a lagrimas, insonias e dores de estomago. Como apegar-se a algo tão irreal, como substituir algo que não se sabe o que é. Creio que tu enchergava com os olhos e eu te via com uma lupa tamanho foi o espaço que guardei para tí em mim, que quase me desocupei por completo.
 Insensato seria culpar-te pelo intento de substituir-me, pois nunca tive lugar em ti. O teu, eu inventei, afastei tudo para que coubesse, inventei espaço, que agora é vago, ou sempre foi..

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