Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente, como se o meu ser participasse de todos os homens, incompletamente de cada [?], por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço.Sê plural como o universo! Fernando Pessoa.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Gostaria de uma forma estranha, até mesmo para mim, agradecer por me poupar do amor, não que deixe de sê-lo assim abruptamente, mas hoje após transpirar  e respirar inumeras vezes noto que de veras não estava preparada para senti-lo. Não ainda.
 Julguei-te egoísta quando na verdade o egoismo habitava em mim que não enxergava nada além do que  desejava  a minha frente, olvidei-me de todo o demais, não medi, a racionalidade havia partido já a algum tempo.  A depender de mim atropelaria tudo, tomando um ou outro analgésico para aliviar as dores dos ferimentos. Você sabiamente soube me poupar de cicatrizes, as quais  me lamentaria futuramente.
 Perdoe-me por ver-te com meus olhos de paixão imediatistas e incompreensivos, faltou-me tanta coisa que a ânsia não me permitiu ver.

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