Gostaria de uma forma estranha, até mesmo para mim, agradecer por me poupar do amor, não que deixe de sê-lo assim abruptamente, mas hoje após transpirar e respirar inumeras vezes noto que de veras não estava preparada para senti-lo. Não ainda.
Julguei-te egoísta quando na verdade o egoismo habitava em mim que não enxergava nada além do que desejava a minha frente, olvidei-me de todo o demais, não medi, a racionalidade havia partido já a algum tempo. A depender de mim atropelaria tudo, tomando um ou outro analgésico para aliviar as dores dos ferimentos. Você sabiamente soube me poupar de cicatrizes, as quais me lamentaria futuramente.
Perdoe-me por ver-te com meus olhos de paixão imediatistas e incompreensivos, faltou-me tanta coisa que a ânsia não me permitiu ver.
Nenhum comentário:
Postar um comentário