Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente, como se o meu ser participasse de todos os homens, incompletamente de cada [?], por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço.Sê plural como o universo! Fernando Pessoa.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Hospede do meu coração, não sei com que chave entraste aqui, que eu saiba não foste até a recepção, não reservaste  data nem local com antecedência. Não me lembro ao menos de ter deixado chaves debaixo do capacho velho da porta da frente. Deparei-me contigo aqui em um dia qualquer, uma daquelas faxinas de domingo, andava numa ocupação  que nem percebi o novo habitante, não lhe preparei uma boa recepção, aconchego e sorriso, mas quando o ví, pareceu-me sentir-se em casa como nem eu me sentia.
 Hospede meu me ouça, me atenda, obedeça, não bagunce a casa, a confusão me faz perder o eixo  e o rumo, não permaneça muito tempo parado, limpe a casa, essa poeira toda ressucita a minha alergia a monotonia.

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