Hospede do meu coração, não sei com que chave entraste aqui, que eu saiba não foste até a recepção, não reservaste data nem local com antecedência. Não me lembro ao menos de ter deixado chaves debaixo do capacho velho da porta da frente. Deparei-me contigo aqui em um dia qualquer, uma daquelas faxinas de domingo, andava numa ocupação que nem percebi o novo habitante, não lhe preparei uma boa recepção, aconchego e sorriso, mas quando o ví, pareceu-me sentir-se em casa como nem eu me sentia.
Hospede meu me ouça, me atenda, obedeça, não bagunce a casa, a confusão me faz perder o eixo e o rumo, não permaneça muito tempo parado, limpe a casa, essa poeira toda ressucita a minha alergia a monotonia.
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